Dresden

Hora de conhecer Dresden ou o que foi reconstruído dela. Acordei cedo, tomei um café da manhã reforçado, afinal estava frio, muito frio. Planejei uma caminhada de uma hora pela cidade, ver os prédios comunistas, os prédios “antigos” e ver a mudanças entre os anos de comunismo/socialismo com os poucos anos de capitalismo. A caminhada que originalmente deveria durar uma hora, acabou durando mais de três horas! Caminhei quase a cidade inteira, deu pra entender as principais diferenças da DDR.

Os alemães super criticam os prédios feitos no tempo da DDR, a maioria são prédios modernistas de concreto com 8 andares ou um pouco mais. Os prédios não são feios, mas também não tem a leveza dos prédios modernistas brasileiros, aqui vale o lema “menos é mais” de uma forma quase que absoluta. Apesar dos prédios serem grandes, há sempre uma boa área de jardim em volta do prédio, o que é muito melhor que os espigões brasileiros. Acho que os alemães não gostam dos prédios pois eles são simples e todo o resto da cidade tem prédios barocos / rococos, cheio dos “merengues”. Pelo o que eu tinha lido, achei que veria algo muito pior. A melhor parte do meu passeio foi quando começou a cair uns poucos flocos de neve, não chegou nem a molhar o chão, mas foi bonito de ver. Aliás o dia estava perfeito, tinha sol e nuvens.

Outra coisa que eu notei em relação aos prédios vários estão sendo reformados, estão adicionando sacadas, pintando a fachada com cores alegres, trocando o revestimento, etc. Vários terremos vazios estão em obras, para abrigar novos prédios, alguns com uma arquitetura duvidosa. Quando eu cansei de andar procurei um restaurante, já estava verde de fome e cansado de tanto andar. Achei um com o prato do dia a 5.20 euros, comi um ótimo peito de frango com arroz de curry.

Depois do almoço era hora de visitar os museus de Dresden. Dresden possui dois museus que me pareceram ser bons e um tesouro que achei que valia a pena visitar. Um dos museus estava fechado para reformas, o Neue Meister Gemäldegalerie, então tive que me contentar com o Alte Meister Gemäldegalerie. Como diz o nome nesse museu há os antigos mestres da pintura, há bons Rembrandts, Vermeers, etc. Mas acho que a grande estrela do museu é a Madonna pintanda pelo Raffael, todos vocês conhecem esse quadro, pelo menos parte dele. Na parte inferior do quadro estão os dois anjos mais famosos do mundo – aqueles que estão em agendas, cadernos, posters, etc. Foi divertido ver um quadro tão famoso, sem esquecer que ele estava “escondido” do ocidente por mais de 40 anos.

Na frente do Alte Meister há a Rustkammer e está inclusa no ingresso do museu, lá estão todas as espadas, escudos, armaduras e armas utilizadas nas guerras. Também há as malhas utilizadas embaixo das roupas para protejer, me lembrei obviamente de Senhor dos Anéis e a malha que o Frodo ganha de presente do Bilbo no início da aventura (okey, a malha surge no Hobbit originalmente). Me diverti vendo todas esse armamentos antigos.

Para completar o dia visistei o Grunes Gewölbe, o tesouro do rei de Sachsen. Achei que seria algo sem graça de visistar, entrei nele sem esperanças de ver algo muito bom. Me surpreendi! O tesouro era realmente um tesouro! Com os objetos mais incríveis e absurdos possíveis. Eram talheres com o cabo feito de coral, marfins esculpidos ou torneados, “machetaria” em pedra e com madreperola, objetos com pedaço de conchas, pedras, marfin, ouro, prata, etc. A peça mais exclusiva é o maior diamante verde do mundo, talvez o único diamente verde. Esse diamante é um pouco maior que um dedão e é realmente impressionante de se ver.

Terminei meu dia caminhando mais um pouco atrás de um local para comer, acabei num shopping, comendo uma ótima pizza. Aliás Shoppings quase não existem por aqui e quando existem são exatamente iguais aos brasileiros! Voltei para o hostel, parando no caminho para acessar a internet, refiz minha mala e deixei tudo pronto para partir para Praga no próximo dia.

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